05 abril, 2013

Dizer o que ficou por dizer



Todos os dias são iguais, pois entramos numa rotina e tudo se torna automático. A vida é assim, porque tornámo-la assim. Mas podemo-la mudar, saindo simplesmente um pouco da rotina.
Tantas vezes estamos com os nossos pais, irmãos, avós, amigos, entes queridos e não dizemos o que verdadeiramente sentimos. Zangamo-nos uns com os outros, dizemos coisas que mais tarde arrependemo-nos. Não mostrando o nosso carinho pelo próximo.
E não é que quando menos esperamos acontece o inesperado e ficamos a remoer por não termos dito o que sentíamos.
Os seres humanos temem. Preocupam-se com as opiniões dos outros. Não são eles mesmos. Tornam-se frios e cautelosos. Isto tudo para que? Temos que mostrar o nosso amor pelo próximo quando ele ainda está connosco e não quando ele se for.
Um simples obrigado por permanecer na nossa vida ou gosto muito de ti são palavras simples que fazem toda a diferença.
Mas nós, seres humanos que habitamos a terra, temos vergonha de dizer tais palavras. Palavras essas que se forem ditas, o outro achará estranho e pensará que estamos a despedir-nos.
Agora pergunto, porque será mais fácil uma criança dizer que nos ama do que um adulto? Porque as crianças não têm medo de nada, gostam de a todo o instante dizer o que realmente sentem, são genuínas. E nós, adultos, deixamos de o ser pela vergonha, pelo medo de nos magoarmos. Mas tudo isto faz parte da vida, torna-nos mais fortes, seguros de nós mesmos e prepara-nos para o futuro.
Vamos ser genuínos como as crianças e mostrar o nosso amor pelos outros através de simples palavras e gestos.